#68.1 Ponte Pedonal de Arouca, “516 Arouca”

Vai ostentar o galardão de maior ponte pedonal do mundo e está a ser construída pela empresa Conduril, Engenharia, SA, para a CM de Arouca, segundo projeto elaborado pelo Itecons.


Intitulada “516 Arouca”, a ponte pedonal sobre os Passadiços do Paiva, localizada próxima das localidades de Alvarenga e Chieira, terá o comprimento de 516 metros e uma altura máxima de 175 metros sobre os rápidos do Rio Paiva, numa zona conhecida como a Garganta do Paiva e junto à Cascata das Aguieiras.

O tabuleiro é metálico e está ligado através de pendurais a dois cabos principais. A suportar a obra de arte em cada margem está um pilar com cerca de 36 metros de altura onde são apoiados os cabos principais. A fixação destes cabos ao terreno natural, é feita através de ancoragens em maciços de betão armado.

Alguns números da obra:

  • Vão entre eixos de torres – 516.50 m
  • Altura mínima acima do rio Paiva – 175 m
  • Altura dos pilares – 36.50 m
  • Micro-estacas – 42 un
  • Betão armado em estruturas – 1060 m3
  • Estrutura metálica do tabuleiro – 70 ton
  • Comprimento total dos cabos principais – 1300 m
  • Carga de rotura mínima de cada cabo principal – 987 tonf
  • Número máximo simultâneo de pessoas na ponte – 1825

(retirado de: link)

#68 Ponte pedonal de Arouca | Perspectivas e recordes

#67 Uma perspectiva… Ponte Edgar Cardoso, Figueira da Foz

#66 Q’Eswachaka: Engenharia e Tradição Andina

#65 Uma perspectiva… Ponte do Guadiana

#64 Uma perspectiva… Ponte Luís I

#63 Uma perspectiva… Ponte 25 de Abril

#61 Viaduto da Ferradosa

 

O Viaduto da Ferradosa permite o acesso à Ponte da Ferradosa a partir da margem Norte, seguindo paralelamente ao rio Douro.

Tem uma extensão total de cerca de 320m, repartidos por 14 vãos aparentes a rondar os 7m. O tabuleiro foi realizado em betão armado, essencialmente por elementos pré-fabricados, e é uma obra bastante peculiar.

Contém 13 pilares-parede muito largos, com secção rectangular variável em altura, onde apoiam directamente as vigas de suporte do tabuleiro.

No encontro esquerdo (do lado de Alegria), as vigas do tabuleiro apoiam directamente sobre os muros testa do encontro tipo cofre, enquanto no encontro direito (lado Ferradosa), foi executado parte de um pilar, que serve de apoio às vigas.

A obra apresenta uma largura total de 7.10m repartida por dois passeios laterais com 1.20m. Os passeios são conseguidos por intermédio de painéis de laje pré-fabricados, com secção transversal em “u” invertido, que assentam sobre vigas-consola dispostas transversalmente aos pilares. Existem três vigas-consola por pilar.

O tabuleiro dispõe ainda de guarda-balastro pré-fabricados, no interior à laje do passeio e praticamente toda a sua extensão, apoiados igualmente na viga-consola. Existem zonas onde os elementos guarda-balastro foram substituídos pela laje do tabuleiro.

#62 Ponte da Ferradosa

A Ponte da Ferradosa permite o atravessamento ferroviário do rio Douro. Insere-se num vale em “V”, cujo escoamento do Rio é controlado pela Barragem da Valeira, a jusante, não existindo obstáculos próximos da obra de arte.

A ponte foi construída na sequência da construção da Barragem, de forma a garantir a cota de máxima cheia e o tirante de ar necessário à navegação (7m), e substitui uma ponte centenária constituída por tabuleiro metálico apoiado em pilares de alvenaria de granito, localizada a montante.

A ponte possui uma extensão total de 570m, correspondendo aproximadamente 194m ao desenvolvimento dos dois encontros (em muros de avenida) e 376m ao tabuleiro. Por sua vez, o tabuleiro é constituído por 3 estruturas distintas: 2 estruturas de acesso, uma em cada margem e realizadas em betão armado; e uma estrutura central realizada em treliça metálica.

A obra é dotada de aparelhos bloqueadores nos apoios de transição, que unem as estruturas de betão com a estrutura treliçada central para as acções horizontais longitudinais, como é o caso da acção da frenagem/arranque dos comboios e da acção sísmica.

A obra possui aparelhos de apoio unidireccionais (móveis longitudinalmente) do tipo “pot bearing” em todos os apoios, para transmissão das cargas verticais e forças horizontais no sentido transversal ao tabuleiro.

Nos encontros, existem batentes de neoprene “nas prumadas verticais do estribo de apoio do tabuleiro, cuja função passa por transmitir as forças horizontais exercidas no sentido tabuleiro-encontros. Estes apoios acabam por funcionar em complemento com os bloqueadores dos apoios de transição, na transmissão das forças horizontais longitudinais do tabuleiro para os maciços dos encontros.

Os pilares foram executados em betão e apresentam uma secção transversal circular com um diâmetro de 3 m. Nos apoios intermédios das estruturas de betão existe apenas um fuste por apoio, enquanto nos apoios de transição e nos apoios intermédios da treliça metálica existem dois fustes por apoio. Todos os pilares assentam em fundações directas.

Os encontros são realizados em maciços de betão simples, com grande altura e desenvolvimento em planta, dotados de armadura “de pele” no seu contorno exterior.

#60 Ponte D. Luís I, no Porto, faz 130 anos

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Projetada por Teófilo Seyrig, a Ponte D. Luís I foi inaugurada em 1886 para ligar a cidade do Porto a Vila Nova de Gaia. A ponte, que tem 395 metros de comprimento, faz esta segunda-feira [31.10.2016] 130 anos.

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Faz esta segunda-feira 130 anos que a Ponte D. Luís I, no Porto, foi inaugurada. Projetada pelo engenheiro belga Teófilo Seyrig, um dos discípulos do arquiteto francês Gustave Eiffel, a estrutura de 395 metros de comprimento e oito de largura, foi construída para substituir a antiga ponte suspensa que existia no mesmo local.

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Apesar de o tabuleiro superior da ponte – que hoje é ocupado por uma das linhas do Metro do Grande Porto (liga a zona da Catedral ao Jardim do Morro e à Avenida da República, em Vila Nova de Gaia) – ter sido inaugurado em 1886, o tabuleiro inferior só ficou concluído em 1888. Desde 2005 que este tabuleiro inferior serve para circulação de carros e peões.

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 O arco de ferro icónico da Ponte D. Luís I é considerado o maior arco do mundo em ferro forjado. Quando foi inaugurada, a ponte pesava 3.045 toneladas. Foi inicialmente iluminada por 40 candeeiros de gás, 24 no tabuleiro superior, oito no inferior e oito nos encontros.
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Reza a lenda que o nome inicial da ponte era “Ponte Luiz I” porque o rei D. Luís I não esteve na inauguração e a população decidiu retirar o “Dom”. Mas as inscrições nas placas sobre as entradas do tabuleiro inferior confirmariam o nome “Ponte D. Luís I”.

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Texto original in Observador

Dados “soltos”:

  • A obra foi adjudicada em 21 de Novembro de 1881 à empresa Société Willebreck, de Bruxelas, de que era administrador Théophile Seyrig, discípulo de Gustave Eiffel, e autor do projecto da nova ponte;
  • As obras começaram no ano de 1881 e desenrolaram-se até 1887;
  • Em 26 de Maio de 1886 foram realizados os primeiros testes à ponte, sujeitando-a a cargas de 2 mil kg por metro linear de viga;
  • Em  30 Outubro  de 1886 terminam os trabalhos de construção do arco e do tabuleiro superior;
  • A 31 Outubro de 1886 inaugura-se o tabuleiro superior da ponte e em 1887 dá-se a inauguração do tabuleiro inferior, com o que ficam concluídas as obras de construção da nova ponte;
  • Foi uma ponte com portagem (cinco reis por pessoa) instituída, um dia depois da inauguração do tabuleiro superior, a 1 de Novembro de 1886 e que só deixariam de ser cobradas a 1 de Janeiro de 1944, ou seja, quase 58 anos depois;
  • Arco com 172 m, Tabuleiro superior com 392 m de comprimento e o inferior com 174 m de comprimento.

Outra informação obtida in Porto Património Mundial